NOVAS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA

      Júnio Miquilino Silva                                                                                           Ezio Fernandes                                                Faculdade Campo Limpo Paulista                                                      Faculdade Campo Limpo Paulista                                    
 Miquilinogeo@hotmail.com                                           lelaoezio@yahoo.com.br

Resumo
O presente trabalho tem por objetivo apresentar a importância  das novas tecnologias  no âmbito escolar no que se refere a computadores, internet, dentre outros. Facilitando assim  a prática docente  e um maior interesse e aprendizado dos discentes,   procurando demonstrar uma visão geral sobre  este assunto, que obtivemos  através de pesquisas na literatura científica especializada, pelas quais entende-se  que torna-se necessário que os docentes entrem em contato com o mundo digital  aprimorando-se  na utilização  das novas tecnologias  implementando-as em suas aulas  buscando sempre conciliar o tradicional com o moderno e adequar as aulas com as novas tecnologias.

Palavras chave:
Tecnologia, computado, Professor, sala de aula.

ABSTRACT
This paper aims to present the importance of new technologies in schools with regard to computers, internet, among others. Thus facilitating the teaching practice and a greater interest and learning of students, seeking to demonstrate an overview of this subject, we have gained through research in the specialized scientific literature, by which means it becomes necessary for teachers to contact enhancing the digital world on the use of new technologies implementing them in their classes always seeking to reconcile the traditional with the modern and tailor lessons to the new technologies.

Keywords
Technology, computers, teacher, classroom

Introdução
Esse artigo pretende discutir a necessidade das escolas utilizarem as novas ferramentas tecnológicas e como os docentes são personagens centrais nesse processo. Veremos como o mundo digital dinamizou as relações humanas e aproximou as pessoas. Desde o conceito de globalização à Guerra Fria[1], quando o que antes servia como espionagem, no caso dos satélites, foram moldados para atender uma nova demanda de comunicação do mercado mundial, bem como a necessidade do docente, caso não tenha pleno conhecimento do mundo digital, entre em contato com a rede (internet) são questões abordadas nesse artigo. Utilizaremos autores conceituados, casos do inglês Eric Hobsbawn e dos espanhóis José Manoel Moran e Victor Mari Saez

Desenvolvimento

A globalização, bem como a Guerra Fria, o que segundo o historiador Eric Hobsbawn[2] foi à guerra tácita, não armada entre Estados Unidos e União Soviética, no pós Segunda Mundial, produziram avanços tecnológicos em quase todas as partes do Planeta. A corrida espacial, quando o bloco capitalista, liderado pelos Estados Unidos travou embate tecnológico com o lado socialista, este alinhado à ex-União Soviética, propiciou que os satélites, até então utilizados como ferramenta de espionagem, servissem de propulsores da comunicação; e isto, segundo Thomas L. Friedman, auxiliou na eliminação das distâncias, na diminuição ou eliminação das fronteiras, e com isso o mundo, na concepção do jornalista americano ficou “plano”.  O processo de globalização iniciado por Portugal, isso com as grandes navegações e o que culminou em aproximar os Continentes Americano, Asiático e Europeu, foi o esboço do que hoje vemos como “aldeia global”; expressão esta do comunicólogo canadense Marshal McLuhan[3], a qual conota um mundo justo, unido e com poucos espaços vazios. Isso pode ser comprovado com o avanço da rede mundial de computadores – internet – que propicia interação entre os internautas com apenas um “clic”.
A comunicação é um agente vivo e por isso passa por inúmeras mudanças e transformações, mas sempre em busca do avanço. A tecnologia empregada busca alto grau de excelência e tenta criar componentes que tendem a facilitar a vida dos usuários e dinamizar os contatos por meio dos computadores. Isso faz com que a sociedade trave contínuo conhecimento com o mundo da informática e busque estar atenta às novidades do mercado para que não fique alijada do meio digital. 
No âmbito escolar, segundo o teórico espanhol Victor Mari Saez – a tecnologia deve adentrar o meio acadêmico e os discentes, bem como os docentes, devem estar atentos às novas tendências da comunicação e utilizar as tecnologias como vetores de auxílio aos estudos. Isso rompe e entra em choque com o tradicionalismo que persiste em imperar nas escolas do Brasil, pois segundo o pesquisador europeu, a tecnologia surge como alternativa viável para aprimorar o conhecimento e é uma importante ferramenta que auxilia no processo de aprendizagem, tanto dos discentes quanto dos docentes. Sendo assim, é imprescindível que os professores geralmente alheios às novas tecnologias, regressem para os bancos das escolas e entrem em contanto com os computadores e busquem mecanismo e instrumentos que permitam novas abordagens quando estiverem em sala de aula na função de docente. 
Na concepção de Saez, a tecnologia deve ser introduzida nas escolas (salas de aula), pois o dinamismo do mundo atual não mais permite que eventuais dúvidas, como por exemplo a grafia correta do nome do presidente do Banco Central paire sobre a aula, o que, segundo Saez poderia ser resolvida com uma simples e rápida consulta à internet.
O também pesquisador espanhol José Manoel Moran, indaga e discute a necessidade dos docentes estarem atentos às novas tecnologias e como utilizá-las da melhor maneira com o intuito de deixar o ambiente acadêmico, entende-se escola, bem mais próximo do mundo real, este conectado e em constante mudança tecnológica. Na mesma direção de pensamento, encontramos Victor Marí Saez, que alerta aos docentes não ficarem presos dentro do tradicionalismo, limitando o conhecimento ao quadro negro e ao giz, o que, na concepção do espanhol reduz a capacidade humana, bem como o desenvolvimento do “capital humano”.
A explosão da rede mundial de computadores é algo recente; é de meados da década de 1990, e por isso, muitos professores que estão na vida economicamente ativa são “analfabetos digitais”. Torna-se necessário então rever a atuação destes educadores e mostrar-lhes a importância de buscar adequação ao mundo digital. Para o espanhol, os docentes devem romper com a letargia tecnológica e entrar cada vez mais em conhecimento com as novas tecnologias. Seguindo a mesma linha de raciocínio, encontramos Moran argumentando sobre os quatros pontos essenciais para uma nova sala de aula. Na concepção do pesquisador europeu, naturalizado brasileiro, a escola deve possuir fácil acesso à rede (internet), ter laboratórios à disposição, professores bem instruídos e assim, o conhecimento, que está desconectado (desorganizado), será filtrado, organizado e será mais fácil o processo de aprendizagem.
Conclusão
O mundo não é mais distante, pois a globalização diminuiu as distâncias, aproximou mais as pessoas, mesmo que de maneira digital e por isso é importante estar atento e conectado com as novas tecnologias. Sendo assim, é papel da escola e dos educadores serem atores nesse processo e com sabedoria utilizarem de maneira proveitosa o que a informática pode produzir. Isso torna necessário que os docentes entrem em contato, caso não tenham com o mundo digital, aprendam a utilizar as novas tecnologias e as implementem durante as aulas; e é papel da escola conciliar o tradicional com o moderno e adequar as aulas com as novas tecnologias e assim o processo de aprendizagem será mais proveitoso, menos monótono e atrairá com mais eficiência a atenção dos discentes.

Bibliografia

HOBSBAWN, Eric. A Era dos Extremos: o Breve Século XX, São Paulo, Companhia das Letras, 2005.



[1] Conflito político-ideológico travado entre União Soviética e Estados Unidos no pós Segunda Mundial (a partir de 1945) em busca da supremacia mundial. A União Soviética liderou o bloco socialista enquanto os Estados Unidos tomou a dianteira do bloco capitalista.

[2] Profícuo historiador britânico nascido em 1917, em Alexandria, no Egito. Autor de vasta obra, com destaque para A Era das Revoluções; A Era do Capital; A Era dos Impérios e a Era dos Extremos.

[3] Importante comunicólogo canadense que desenvolveu a teoria de que o mundo seria uma espécie de aldeia única – aldeia global.